Fiz uma análise detalhada do balanço patrimonial do Jec 2011 e aproveitei para comparar com o balanço 2010.
Utilizei o padrão da Pluri Consultoria, a qual analisou balanços dos maiores clubes do Brasil, a fim de possibilitar comparações.
A transparência é, no máximo, translúcida no Joinville Esporte Clube.
Só pude comparar os anos de 2011, 2010 e 2009 por que eu tinha guardado o balanço 2010 no meu computador.
Ainda que divulgado, o balanço é ruim. Não consta o parecer da auditoria independente e nem sequer as notas explicativas. Sem contar que existem erros que dificultam o entendimento.
Todo balanço deve ser divulgado em até 4 meses da data final do exercício, que normalmente ocorre em 31 de dezembro. Dessa maneira, deve-se divulgar até 30 de abril. Porém, o Jec apenas divulgou no site em maio de 2012.
O certo seria o Jec dispor em seu site os balanços dos anos
anteriores, balanços trimestrais e até orçamento do ano seguinte. Os
grandes e organizados clubes assim o fazem. Mas tudo isso para quê?
O balanço patrimonial de uma empresa serve para "medir" a quantidade de bens acumulada por ela. Ele é fundamental para mostrar como se encontra a saúde financeira da mesma.
Mas o principal motivo do balanço é dar transparência para que haja credibilidade entre os atuais investidores (os sócios e patrocinadores no caso do Jec) e para atrair novos através de ganho de confiança.
O Joinville é sustentado por seus sócios e logo depois pelos patrocinadores. É importante avançar na questão de transparência e divulgar dados mais refinados e qualitativos.
Acesse a análise do balanço clicando aqui.
Clique aqui para acessar o balanço 2010 do Jec.
Clique aqui para acessar o balanço 2011 do Jec.
Caso não consiga acessar algum arquivo, contate-me.
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Bocão,
ResponderExcluirparabéns pela análise. Agora é esperar pelo balanço de 2012 e repetir a dose.
2011 foi sem dúvida o melhor dos últimos anos. Dentro do campo. O sonhado acesso à série B veio, e foi a conquista mais importante do clube em décadas. Mas, apesar de bons públicos na série C(praticamente a mesma média do ex-representante de SC na série A), as receitas não foram compatíveis com as despesas. Mas todos sabíamos que assim seria. Investimento necessário.
Creio que 2012 foi um ano melhor. Uma ótima participação na Série B, crescimento do público médio, do número de sócios, maior cota de TV etc. Mas tudo isso veio junto com um time mais caro, mais despesas por disputar campeonato mais longo e "otras cositas mas". A comparação com 2011 vai ser bem interessante.
Uma, entre as coisas que não entendi: há um item "Demais Receitas" que atinge 20,4% do total. Que itens são abrangidos por esta conta?
Chamou-me a atenção a média de receita de bilheteria por jogo. Conta rápida: 46 jogos, metade em casa (23), receita por jogo em torno de 56 mil reais. Não é pouca coisa e em 2012 deve ter sido significativamente maior. É importante observar estes números (e os de 2012 serão ainda mais interessantes, já que foi o primeiro com temporada cheia) para poder projetar algo para os anos seguintes. Da minha parte, acho que este número, por si só já justifica a análise sobre a economia que foi feita em 2012 e que resultou na permanência na série B. Se o time estivesse disputando vaga até a última rodada, teríamos média de público uns 3 mil maior, notadamente no 2º turno, resultando uma renda de uns 90 mil a mais por jogo e, digamos, uns 500 mil a mais no total. Não seria muito sse falar em 1500 sócios a mais, ou 45 mil a mais de receita mensal, uns 200 mil adicionais. Digamos que se precisasse pagar por 5 meses (agosto a dezembro) o salário de um jogador diferenciado. Só estes dois itens dariam 140 a mais por mês, na média. Como se vê, acho que tá faltando calculadora no JEC. Ou quem saiba usar uma.